Como
sabemos, se não tivéssemos história, não teríamos referência para
nos orientar na vida, não saberíamos quem somos, de onde viemos e
nem o que devemos fazer. Com base nisso, resolvemos fazer o papel do
historiador, ou seja, procurar vestígios e fontes históricas
presentes na praça Padre José.
A
praça onde se encontra a Igreja Matriz recebeu o nome de Praça
Padre José em
homenagem ao padre José que fez a primeira celebração na capela.
A
construção da Igreja
Matriz foi
idealizada por volta de 1900 pelo Cônego Pedro Macário, depois substituído pelo padre José Domingos que tomou posse em 1918 e
graças a donativos concluiu a igreja em 1924.
Coreto
foi construido em homenagem a Hugo Felicori, um brasileiro de alma
italiana, amante das musicas em ordem geral. Nasceu em Coqueiral, mas
trazido a Nepomuceno quando criança, onde viveu e faleceu.
O
obelisco
é uma homenagem aos guerrilheiros da Guerra dos Expedicionários (2°
Guerra Mundial).
Monsenhor
Luiz Gonzaga
que no ano de 1931 assumiu a paróquia da Vila de Nepomuceno, já na
condição de Cônego Luiz Gonzaga ocupando o lugar deixado pelo Padre
José, o qual por motivos de saúde foi transferido para Belo
Horizonte. Em 1950 foi o idealizador do salão paroquial, ajudou na
ampliação da Santa Casa e antes da década de 40, em 1946, fundou o
Ginásio São José com grande contribuição da população. Seus
restos mortais encontram-se depositados na Igreja Matriz.
Em
1923 a luz elétrica chegou a Vila por iniciativa do Cel.
Manoel Corrêa Ribeiro e
de seus filhos Joaquim Ribeiro Neto e Cap. Cristiano Lima com a
construção da Usina do Queima Capote operada pela Cia. Cel. Manoel
foi o primeiro prefeito de Nepomuceno, cargo que nesta época,
denominado Presidente da Câmara. Em Janeiro de 1930, Nepomuceno
perdeu-o.
Joaquim
Ribeiro Neto foi
o idealizador da praça Padre José, homem dedicado a Nepomuceno e
sua família. Todos apreciavam sua simplicidade, inteligência,
honestidade e seu grande ideal. Por ser filho de político, herdou um
grande amor pela terra natal. Uma escola foi construída por seu
sucessor em sua homenagem.
Não
existe nenhuma sociedade sem história e memória. Como sabemos, em
toda sociedade há transformações que são ocasionadas pelos
sujeitos históricos e a importância destes muda de acordo com a
repercussão que os acontecimentos feitos por eles tiveram para o
conjunto da sociedade que, em cada uma, preserva a história do
passado de alguma maneira, Nepomuceno preservou as principais pessoas
e histórias por meio de monumentos presentes em toda a cidade,
principalmente na praça Padre José. Como no século XIX que somente
os grandes personagens eram considerados sujeitos históricos,
atualmente, não é muito diferente disso, pois as pessoas mais
lembradas são aquelas que possuem alto cargo na política ou na
igreja. Todas pessoas têm histórias e memórias, mas nem todas são
"sujeitos históricos".
Fontes:
-
Revista de Aniversário - Anos VI, VII, VIII - Edições números 13, 14, 15 - Nepomuceno, Agosto de 2012, 2013, 2014.
-
Livro do Centenário - 7 de Setembro de 1922 - Nepomuceno
-
Folha Independente em Revista
-
Serginho T. Vaca
-
Conexões com a História